Muito se falou sobre o RGPD em 2018. O novo regulamento entrou em vigor em maio do ano passado e saíram milhares de notícias relacionadas com a lei. Um ano e meio depois da sua chegada, pouco se ouve falar nesta legislação que prometia alterar drasticamente o modo como as empresas se relacionam com os seus clientes e parceiros de negócio. Atualmente, estamos a passar por uma fase de “não-reação” ao RGPD, o que pode comprometer a segurança dos dados e pode culminar em multas elevadas para os incumpridores. Vamos perceber, neste artigo, qual o ponto de situação relativamente ao Regulamento Geral de Proteção dos Dados!
Devido a esta legislação, as pessoas estão mais conscientes relativamente aos direitos de que são titulares. Por outro lado, as empresas também estão mais preocupadas com a necessidade de manterem as informações confidenciais. Estes dois fatores fazem com que exista realmente uma maior proteção dos dados sensíveis. Apesar de ainda haver um longo caminho a percorrer no que à segurança diz respeito, o balanço é notoriamente positivo.
O maior obstáculo para a correta aplicação da legislação é sobretudo a cultura empresarial portuguesa, que de modo geral apenas tem em consideração a visão a curto prazo, com os menores custos possíveis. Sendo necessário investir em sistemas de segurança mais eficientes, podemos afirmar que existem muitas empresas que deixaram esta questão para o final da sua lista de prioridades. A longo prazo, esta falta de investimento em segurança poderá ter efeitos nefastos para as empresas, causando danos de reputação e danos financeiros.
Atualmente existe uma maior sensibilização para a proteção dos dados mas ainda existe muita falta de planeamento sério neste setor. As empresas vão alterando pequenas rotinas para tornarem os dados mais seguros, mas ainda são poucas as empresas que criam e aplicam uma estratégia global de implementação. Isto cria pontos sensíveis e vulneráveis no acesso aos dados, comprometendo a privacidade da informação privada.
Um novo estudo realizado pela Check Point diz-nos que a existência do RGPD trouxe um efeito muito positivo nos processos de negócio na Europa. Este estudo contou com respostas de 1000 CTos, CIOs, IT managers e Security managers de França, Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido e revela que 75% das organizações acreditam que o RGPD teve um impacto benéfico na confiança do consumidor e 73% dos inquiridos asseguram que melhoraram a segurança dos seus dados.
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