Visão geral de 2018: tudo o que mudou ao longo do ano no setor da segurança

Visão geral de 2018: tudo o que mudou ao longo do ano no setor da segurança

O final do ano aproxima-se e é tempo de fazer balanços. O setor da segurança nas empresas trouxe muitas novidades este ano e é importante analisarmos o que mudou ao longo dos últimos meses para que possamos estar preparados para receber 2019! No artigo de hoje, abordamos tudo o que mudou ao longo do ano no setor da segurança.

Entrada em vigor do RGPD

O ano 2018 ficou marcado pela entrada em vigor do novo regulamento geral de proteção de dados na União Europeia. A partir de maio, esta legislação tornou-se obrigatória para todas as empresas da União Europeia e para todas aquelas que, estando sediadas fora do espaço europeu, fazem transações com empresas europeias. A nova lei trouxe novas regras e novas penalizações para os infratores. Após meio ano da sua entrada em vigor, muitas são as empresas que admitem não estar preparadas para cumprir com todos os requisitos desta normativa. Em Portugal, o primeiro caso de penalização ocorreu no Hospital do Barreiro. A Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) aplicou coimas no valor de 400 mil euros ao Hospital do Barreiro, devido a falhas relacionadas com a proteção de dados. Técnicos e médicos não autorizados conseguiam aceder aos dados dos doentes e existam diversas falhas de autenticação. A multa foi conhecida após uma inspeção levada a cabo no mês de junho. Este primeiro caso de incumprimento da legislação e respetiva punição é a prova de que a nova lei realmente existe e de que a CNPD está ativa e a trabalhar na deteção de violações deste regulamento que visa proteger os dados pessoais dos cidadãos.

Análises avançadas melhoram a segurança dos dados

A cada dia que passa, as empresas geram mais e mais dados. Com esta onda crescente de dados, as ameaças à segurança acontecem em maior número. Uma das principais tendências deste ano foi a análise avançada da informação. Estas ferramentas de análise de dados ajudam as empresas a analisar os dados de forma mais consciente e objetiva e existe um maior controlo sobre as infraestruturas de TI e sobre a origem dos dados.

Soluções de segurança à medida

O mercado da segurança nas empresas está a evoluir para um novo paradigma. Os fornecedores de soluções de TI estão a caminhar no sentido de oferecer soluções que resolvam as “dores” de cada cliente e estão a adotar a máxima de “cada caso é um caso”. Este fator tem um peso muito importante para a melhoria da segurança das empresas, uma vez que agora as soluções não são estanques, mas sim adaptáveis à realidade de cada cliente, ao tamanho e complexidade da infraestrutura de TI e também ao orçamento disponível. Esta abordagem mais personalizada da segurança nas empresas proporciona soluções flexíveis e adaptadas às verdadeiras necessidades de cada organização.

Abordagem CARTA da Gartner permite melhores decisões

Em 2017 a Gartner propôs uma nova abordagem que se baseia num processo constante de revisões, reavaliações e ajustes. Esta nova estratégia é conhecida como CARTA (que significa avaliação de risco contínuo e confiança contínua) e pretende substituir o antigo esquema de “ajustar e esquecer”. Esta abordagem pretende que exista uma avaliação em tempo real dos riscos no ambiente de TI e tem como principal vantagem o facto de identificar os problemas antes de estes causarem danos sérios à empresa.

Internet das Coisas

A Internet das Coisas é uma realidade em que vários objetos utilizados no quotidiano estão ligados à Internet. Atualmente, cada vez mais objetos se encontram ligados à Web e nem damos por isso. No início desta era digital, apenas era possível conectar smartphones e tablets e, no entanto, nos últimos anos temos assistido a uma revolução nesta área e atualmente já é possível conectar consolas de jogos, televisões e câmaras de vigilância à rede. De modo muito simplificado, a Internet das Coisas tem como objetivo conectar qualquer dispositivo à Internet. Segundo o Gartner, até ao ano 2020 haverá mais de 26 biliões de dispositivos conectados à rede. A nível doméstico, este conceito visa facilitar a vida das pessoas, mas a sua aplicação também terá impacto no mundo dos negócios. As empresas precisam de garantir que as informações partilhadas entre os dispositivos conectados à rede se mantenham seguras e com tantos aparelhos ligados em simultâneo, a necessidade de segurança é ainda maior do que antes. As empresas precisarão assim de encontrar profissionais capazes de garantir esta segurança, o que resultará numa gestão mais eficaz e numa maior proteção de toda a informação. O resultado final será uma empresa mais consciente sobre a necessidade de proteger a sua informação.

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